domingo, 29 de abril de 2012

Inseto sagrado do egito.

É uma delícia poder fazer projetos especiais. A oportunidade para isso depende do aparecimento de pessoas únicas, que fujam da mesmice e do gosto batido de sempre.
Este aí é um projeto personalizado que desenvolvemos. O resultado e o significado vocês podem ver a seguir.O escaravelho é feito em prata, lapis lazuli e quartzo rutilado.

<>Deus criador, de acordo com a cosmogonia de Heliópolis, o deus-Sol era retratado sob várias formas, tais como um homem barbado usando a coroa dupla do faraó, ou um falcão. Outra destas formas era a de um escaravelho ou a de um homem com um escaravelho no lugar da cabeça. Nesse caso o bichinho simbolizava o deus Khepra (escaravelho, em egípcio) e sua função era nada menos que a de mover o Sol, como movia a bolazinha de excremento que empurrava pelos caminhos. Associados à idéia mitológica de ressureição, os escaravelhos eram motivo freqüente das peças de ourivesaria achadas nos túmulos egípcios.


<>
Esta forma que o deus sol assumia, ou seja, a de Khepra, o escaravelho sagrado, era, por sinal, muito importante. O egiptólogo Alan Shorter nos esclarece: esse inseto tem por hábito alimentar-se de um grãozinho de esterco, que ele fica revolvendo entre as pernas até escavar no chão um buraco para devorá-lo.
Os egípcios, confundindo esse grão usado para a alimetação com o grão de esterco, em formato de pêra, sobre o qual a fêmea punha o seu ovo e que ficava enterrado no solo até a época do choco, viam no escaravelho um símbolo do deus-Sol, que todos os dias, de leste a oeste, rolava a sua esfera pelos céus. Da bolinha de esterco saía um inseto vivo, aparentemente autoconcebido; do mesmo modo, a vida também fora criada pelo Sol, sendo que o deus-Sol, criador de todas as coisas, era, como o escaravelho, autoconcebido.
O velho escaravelho morre, mas do ovo que fecundou sai outro escaravelho, como a alma se escapa da múmia e sobe para o céu. Assim, o inseto era, para os egípcios, o símbolo da vida que se renova eternamente a partir de si mesma.





<>
Aquele que em vida trouxesse consigo uma imagem do escaravelho garantia, de certa forma, a persistência no ser e aquele que levasse essa imagem para a tumba tinha certeza de renascer para a vida. O escaravelho era, assim, o amuleto preferido de vivos e mortos. Os guerreiros, por exemplo, traziam um brilhante escaravelho gravado no selo de seus anéis. Segundo o historiador grego Plutarco (c. 50 a 125 d.C.), os egípcios acreditavam que essa espécie não possui fêmeas, todos são machos e, assim, o escaravelho designava o homem macho ou valoroso. No Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.) os peitorais e colares ornados com escaravelhos eram o orgulho das damas nobres. Alguns eram admiráveis. Na figura a baixo , nesse colar bastante complexo, em ouro decorado de lápis-lazúli, cornalina e outras pedras semi-preciosas, encontrado no túmulo de Tutankhamon e exposto hoje em dia no Museu Egípcio do Cairo, o deus solar Khepra aparece nada menos do que cinco vezes sob o aspecto de um escaravelho. Falcões formam a extremidade superior do colar enquanto que cobras, simbolizando os dois países, constituem o fecho da jóia. O grande escaravelho da parte inferior da peça é representado como o mestre da barca solar.


<>

<>Os ESCARAVELHOS destinados aos mortos têm sua face inferior tratada com o maior realismo. Geralmente são escaravelhos-corações, amuletos de pedra dura que eram depositados no lugar do coração, no peito da múmia. Muitas vezes o escaravelho está incrustado numa moldura retangular, fixada sobre o peito do morto. Tais amuletos foram encontrados também no tórax de certos animais sagrados. O que vemos a baixo é feito de rocha parda e mede 8,6x6,1 cm e 3,2 cm de espessura. Datado do Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.), sua proveniência é desconhecida e pertence ao Museu do Louvre. Está circundado de ouro e nele ainda se vê um fragmento de alça de metal que servia para pendurá-lo no pescoço da múmia. Pertenceu, conforme diz a inscrição, a um marinheiro do rei, de nome Imenneb.





<>